Se queres dançar pousa a faca

Friday, July 14, 2006

Por falar em psicólogos

Pois é, pensavam que se tinham visto livres de mim? Pois enganam-se! Cá estou eu novamente, desta vez para vos falar de psicólogos (tal como o título tão perspicazmente indica), mas não um qualquer tipo de psicólogos, eu tenho como objectivo de vida falar-vos da espécie à parte que são os psicólogos escolares.

Relembro então o leitor que no último o adverti a não usufruir dos serviços dos psicólogos escolares.

Para me tentar fazer compreender melhor vou começar por explicar o porquê de existirem psicólogos escolares:

1º Muitos de vocês se lembram, provavelmente, de quando chegaram ao 9ºano e tiveram que escolher para que área queriam ir, bom então com certeza que se lembram que haviam os decididos e os indecisos. Esses indecisos são uma das razões pelas quais o psicólogo escolar foi inventado, a meu ver;

2º Para tratarem muiiito eficazmente aquele pessoal que é "considerado" problemático, mas que a maior parte das vezes, a meu ver, não passam de grunhos que já deviam ter ficado retidos na 1ª classe visto que não sabem ler nem escrever;

3º Actualmente os psicólogos servem para fazer acções de formação sobre educação sexual, nas quais os alunos participam porque isso implica faltar à aula de geografia (entre outras).

Agora que está explicada a existência desses seres passo a contar-vos a história que me levou a advertir-vos contra estes psicólogos.

Na minha ex-escola, andava eu no 9º ano e como toda a gente vi-me deparada com o escolher de uma área, a ínicio eu era uma das indecisas, mas depois acabei por ir à psicóloga mais porque os meus paizinhos me disseram que outra coisa qualquer. Até àquela altura não me lembro de alguma vez ter tido contacto com aquele ser, sim ela é alienígena e mais nada poderá explicar o quão estranha é aquela mulher. Com uma vozinha irritante (sim bem pior que giz ou unhas a arranhar um quadro de xisto), baixinha e com a largura dum alfinete e uns dentes que lembro-me de serem a personificação do diabo. Já pela descrição podem já concluir que aquela mulher é extraterrestial. Mas o mais impressionante de tudo era o cheiro a medicamentos, sim é o cheiro mais impressionante que eu já senti na minha vida, que emanava do sua pequena sala entalada entre a secretaria e outra coisa qualquer. Eu até nem sou muito atenta a cheiros, mas aquele era inevitável. Se ela se encontrava na sala toda a gente sabia e se ela se aproximasse de alguma sala para fazer um comunicado, também nos apercebiamos logo, era inevitável... como um sexto sentido. Para concluir a minha dissertação sobre esta psicóloga basta-me dizer que ela não percebia nada do que estava a fazer e basicamente o que ela fazia era entregar os testes de orientação (que são sem dúvida alguma a coisa mais influenciável que eu já fiz na minha vida) e depois ir à tabela de resultados e recitá-los. Quando lhe pedíamos informações concretas sobre universidades, a saída dos cursos ou qualquer outra coisa mais objectiva ela abria um livrinho, que por sinal era o guia de candidatura (coisa que todos os que se candidatam à faculdade recebem), e punha-se a recitar o que lá dizia dentro, que é não muito mais, penso eu, que as faculdades em todo o país. Portanto como podem ver, mais uma vez, ela executava o seu trabalho eximiamente.

Na minha escola actual a psicóloga é uma matrona, de ossos larguitos e também com uma vozinha irritante (será que é característica comum?). Não tem nenhum cheiro de especial, pelo menos não que eu tenha notado. O que é verdade é que é uma ignorada. No final deste ano lectivo pediu me a mim e a uma amiga minha que avisassemos a turma que poderíamos marcar com ela um dia para discutir as opções que temos para o ano. Ora eu querendo ser amigável pedi-lhe que não se preocupasse pois o recado dela estava em boas mãos. Diga-se de passagem que passados 5min já não me lembrava, nem eu nem a minha colega, do que é que a senhora tinha dito e como tal o recado caiu na triste amargura do esquecimento. Também foi com essa senhora que a minha turma se disponibilizou amavelmente para assistir a mais uma enfadonha formação de educação sexual, na qual aprendemos como sempre que os bebés não nascem nas cegonhas, como se coloca um preservativo e que tomar banho após ter relações não evita a gravidez assim como lavar os genetais com sabão azul (é verídico... fomos advertidos contra isso e muitas mais coisas).

Para concluir este enfadonho post só tenho que sublinhar o seguinte: a maior parte das psicólogas escolares, se é que não são todas, tiraram os seus cursos por correspondênciam ou então são de facto extraterrestes que vieram para conquistar a terra, mas não estão a ter grande sucesso... talvez se lhes déssemos uma mãozinha...

Sei que neste momento vocês já se encontram em estado de vegetação. E aconselho-vos desta vez, não a consultarem um psicólogo, mas sim a limparem a baba que vos está a escorrer pelo queixo (mas por favor não limpem à manga da camisola, isso é nojento).

Não percam o próximo post, porque nós também não!

Ps: Queria aqui deixar claro que psicologia até parece ser interessante e teria sido a minha escolha para disciplina este ano (pelo simples facto que é daqueles disciplinas que é só marrar e tirar 20), mas como esta não nos estava disponibilizada (ao contrário do que o ministério afirmava no panfleto do curso de artes visuais) acabei por optar por Oficinas de Multimédia B. Não sou contra a psicologia só contra alguns géneros de psicólogos.

2 Comments:

  • At 2:18 AM, Blogger Red_4life said…

    Boa dissertação sobre o fantástico mundo da psicologia em geral e das psicólogas escolares. E, caso aceites este meu humilde conselho, se fosse a ti, já que estás a falar de psicólogas escolares, falava de algo que está intimamente ligado a essas grandes senhoras...ou seja podias entrar também no maravilhoso mundo encantado das calosidades e do proxenetismo amador.
    Bjs...

     
  • At 1:20 AM, Anonymous Anonymous said…

    Ainda bem que nunca na vida tive contacto com psicólogos....

     

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